terça-feira, 20 de julho de 2010

Dropkick Murphys, The Claddagh Fund, e Ocupações no Brasil. Bons exemplos, perto e longe de nós!

Faz uns dois meses quem ocorreu à primeira ocupação na cidade de Divinópolis/MG, atualmente os envolvidos estão inclinados em resolver as questões estruturais de uma chácara que foi abandonada a cerca de oito anos na zona urbana da cidade.

Há algum tempo vínhamos falando sobre as experiências com ocupações no Brasil, sobre o que fato é vivenciar a idéia punk, e qual o grau de responsabilidade e disposição de cada um frente a isso tudo. Atualmente a casa tem se transformado num reduto cultural, uma carta explicando a proposta da invasão foi escrita e distribuída para os moradores da região, que acolheram muito bem a idéia, todos os móveis foram doados pela comunidade que abraçou a idéia e a história no interior do centro oeste de MG tem sido escrita.

Recentemente estava tendo uma conversa com o Chegado (ícone da cena punk do interior de MG, um dos responsáveis pela casa e também um dos membros da formação flutuante da Brigada 77), nesta conversa nos questionávamos exatamente sobre o que de fato significa a contra cultura em nossas vidas.

Os shows deram uma parada na cidade de Divinópolis por que aqueles que ontem corriam atrás por lá, hoje em dia estão ligados a esta ocupação, lembro que chegamos a algumas conclusões lógicas, óbvias, mas que às vezes escapam despercebidas de nós.

Um ponto claro é que um show trata-se de uma celebração, festa, lugar aonde reencontramos amigos, conhecidos, o conceito não pode passar muito disso, como na maioria das vezes é tratado erroneamente, um show de punk rock não é o ápice da cena contra-cultural, um show é pura e simplesmente o processo, o meio do caminho, antes de qualquer coisa, queremos mais, queremos um sentido que preencha as lacunas deixadas por um estilo de vida competitivo, aonde o lucro e o crescimento desordenado são as máximas que vigoram nos quadros das instituições falidas de ensino, fundamental e superior.

 A contra-cultura é a ação direta, reta, no sentido de intervir no cotidiano das nossas vidas, propondo um novo caminho, uma rota pirata neste mar manipulado por forças arraigadas. Neste sentido uma palavra é necessária, coragem... E é isso que sinto nessa iniciativa em Divinópolis. Além de ter uma banda, de promover shows, se de fato queremos uma mudança, devemos ser a mudança (já disse um sábio), isso é o que Ken Casey, contra baixista do Dropkick Murphys faz desde 2009 quando foi formado o The Claddagh Fund.

O Fundo presta assistência a organizações de diversos segmentos , priorizando as necessidades das crianças, também contribuindo com outras entidades sem fins lucrativos que compartilham da mesma visão de melhorar a vida de indivíduos desfavorecidos, permitindo-lhes o apoio e as ferramentas necessárias para melhorar a sua qualidade de vida. Além dos grupos que patrocinam as necessidades das crianças, o Fundo de Claddagh concentra seus esforços  em ajudar as causas dos veteranos, as famílias dos soldados mortos, e os programas de recuperação de álcool e drogas.




A idéia é simples, Ken Casey juntamente com a ajuda de sua mulher e filhas , promovem shows e eventos diversos, apoiando desde campeonatos de skate a torneios de golfe, juntando o máximo de amigos, utilizando o status da banda e com isso eles tem mudado a vida de um bocado de pessoas.


 O Fundo de Claddagh foi criado para organizar e canalizar as contribuições de todos os amigos e familiares interessados em participar. Unindo esforços para aproveitar a paixão dos amigos, familiares e fãs de Dropkick Murphy's e canalizá-los para uma mudança positiva na sociedade.

 Estes são bons exemplos que  devem ser passados adiante!

sorte!

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