Sábado dia 31 está chegando e com ele chega essa data tão
querida para fãs de terror e festas a fantasia como eu. Uma época mística de terror e
diversão. Mas, você conhecia as diversas origens que dão base para essa festa
já mundialmente conhecia? Do folclore celta a religião cristã, conheça um pouco da história da festa.
Folclore Celta
Como tudo relacionado à pesquisa sobre folclore é bem
difícil devido à falta de documentação e escritos do período, não podemos
crivar datas ou afirmar exatamente o que estava acontecendo, mas dá pra termos
uma ideia das influências que chegaram até nós.
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Representação do ritual de Samhaim As bruxa pira. |
Devido aos povos celtas serem ambientados em regiões de
climas temperados, onde as mudanças das estações eram bem notáveis e acentuadas,
as religiões pagãs tinham uma relação muito íntima com a natureza. Por isso, os
Celtas contavam o fim do ano como o fim do verão (vale lembrar que as estações
são diferentes no hemisfério norte) e a festa de comemoração de fim de ano era
chamada de “Samhain” e significa literalmente “fim do verão”.
Nessa época eram feitas as ultimas colheitas de temporada,
tribos conquistadas tinham de pagar tributos aos seus conquistadores e
acreditava-se que a barreira que separa o mundo real dos vivos com o mundo
mágico dos mortos era quebrada, podendo assim se comunicar com os mortos e
sendo considerada uma época propícia para feitiços e magias.
Influência Católica
Sempre foi comum na religião católica de pegar
referências das religiões pagãs para converter o povo conquistado para a
religião cristã, certamente com os celtas não seria diferente. Para assimilar o
festival de Samhain a igreja fixou sua data na véspera do feriado religioso já
conhecido como dia de todos os santos, que era celebrado desde século IV.
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No México o dia dos mortos tem uma comemoração especial. |
Foi dai que veio a origem do nome como algo próximo que
conhecemos hoje “All Hallows' Eve”, ou “véspera do dia de todos os santos”, abreviado do inglês. Para fazer
ligação com o caráter sombrio da festa, foi também associando no dia após o dia
de todos os santos como o dia dos mortos (dia dos finados, aqui no Brasil). Sendo
adotado oficialmente pela igreja como feriado, as festividades se espalharam
com mais facilidade fora das fronteiras da Escócia e Irlanda, indo para a
Inglaterra e Estados Unidos.
Doces ou
travessuras?
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Vale lembrar que para os celtas a festividade vinha após
o período de colheita então, os alimentos eram abundantes. Desde o século XIX
já era comum as crianças se fantasiarem para fazer a caça aos doces.
Jack O’Lantern
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Problem, mate? |
Talvez o personagem mais famoso do dia, Jack O’Lantern, é
um personagem do folclore irlandês que ficou famoso por ser em vida um bêbado
atrapalhado que pregava inúmeras peças no diabo. A mais famosa seria uma vez
que fez um demônio subir em uma árvore e, com um estilete, ter desenhado uma
cruz na árvore, mantendo o diabo preso na árvore sem poder descer.
Conta-se que quando Jack morreu ele teve sua passagem ao
céu negada pela vida de boteco e jogatina, e que também não poderia entrar no
inferno porque o diabo simplesmente não confiava nele. Fazendo Jack vagar por
toda a eternidade carregando uma lanterna na mão e procurando um lugar para descansar
sua alma amaldiçoada.
As “aparições” de Jack são relacionadas ao fenômeno da
natureza chamado “fogo-fátuo”, onde o gás metano que sai da decomposição de
corpos em matagais e pântanos entra em combustão, causando uma pequena chama no
meio da vegetação.
Só queria aproveitar a ocasião para dizer que uma
história irlandesa de um bêbado e apostador que enganou o diabo é tão tipicamente
irlandesa quanto à história do Saci, um espírito atrevido e trollador que gosta
de pregar peças nos outros é tão tipicamente brasileiro.
Cabeça de Abóbora.
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Olha pra isso, cara. |
O costume de fazer lanternas de cabeças de abóboras está
intimamente ligado com a história de Jack O’Lantern. Começou a se acreditar
que, para ajudar jack em sua busca por sossego e para que ele não entrasse em
sua casa a noite por engano, você deveria acender uma lanterna para ele igual a
que ele trazia consigo. Porém a lanterna não era feita de abóbora.
A história é do folclore irlandês e abóboras só existiam
na América. Na Europa era usado no lugar um nabo, o que eu acho muito mais assustador
em seu resultado final na minha opinião. Quando imigrantes irlandeses levaram o
costume para os EUA, não existiam tantos nabos como na Europa, em compensação as
abóboras eram fruto muito comum na América.
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